quarta-feira, 28 de setembro de 2016



Muito se fala que é preciso melhorar a educação do Brasil, por isso é preciso aumentar o salário do professor e melhorar a estrutura física da escola. De fato, isso é necessário. Mas uma das coisas que falta na educação nesse país (que não é tão dito) é fazer o aluno gostar de estudar. O fim da educação são os alunos, logo, mesmo que os professores tenham um excelente salário e as escolas uma ótima estrutura física, não haverá o principal, ou seja, alunos com prazer de estudar.
Alguém pode até dizer: “se os professores não tiverem um salário justo e as escolas estruturas decentes, os alunos não vão gostar de estudar.” Eu discordo desse pensamento. Primeiro que a questão do salário do não deve tirar o gosto e a motivação do professor de lecionar, então, para o aluno o que importa é a motivação e o prazer do profissional em trabalhar. O jogador de futebol sente prazer em jogar, independente se é num clube sem expressão nenhuma ou se é num de expressão nacional. Um pintor sente prazer em pintar, mesmo que não seja reconhecido por isso. Um cantor gosta de contar, mesmo que seja num barzinho qualquer, e não num grande evento.
Com relação à estrutura da escola, podemos fazer igual comparação. Pergunte a um aluno que gosta de jogar futebol se ele sente prazer em jogar em um campinho de terra batida, você acha que ele vai dizer: “não, só gosto de jogar em campos oficiais”, ou vai dizer: “sim, gosto muito”. Certamente a segunda opção. Então, o que vai fazer a diferença para o aluno não é a estrutura física da escola (mesmo que tenha sua relevância).
Agora o leitor pode perguntar: “mas, e as escolas privadas?” elas são uma prova que o que faz o aluno gostar de estudar não é a estrutura física da escola e professores com salários altos. Isso mesmo. Quem disse que os alunos de escolas particulares gostam de estudar, eles são obrigados porque sabem que os pais estão pagando para eles estarem lá. O ser “estudioso” não sinônimo de uma placa na testa do aluno dizendo: “adoro estudar”, pelo contrário, ser “estudioso” está mais para uma obrigação e sacrifício, seja para os alunos de escolas particulares e públicas.
Então, por que o aluno não gosta de estudar? A pergunta mais adequada seria: “por que o aluno deveria gostar de estudar?” acho que o problema está no QUE é no COMO é ensinado aos alunos. O modelo de ensino que existe faz o aluno DECORAR coisas que NÃO FAZ NENHUM SENTIDO para ele. Ou seja, o aluno passa uns 10 anos decorando coisas que ele não sabe o motivo. Para quê? Para quando ele for fazer uma prova de vestibular (se ele quiser fazer) ele marcar as questões certas. Conclusão: o aluno passa mais de 10 anos decorando coisas que não significam absolutamente nada para ele, português, matemática, história, biologia, física etc, para um dia se ele quiser fazer um vestibular ou concurso (talvez os pais forcem ele) marque o maior número de possíveis questões de maneira correta. Fim.

sábado, 9 de julho de 2016

[Opinião]

Felicidade, agrotóxico e jornada de trabalho

Num excelente Café Filosófico (TV Cultura) a que assisti há mais de cinco anos, o psicoterapeuta Paulo Gaudêncio narrou um episódio da vida de um menino que atuava como gândula numa partida de futebol e concluiu a narrativa com a frase "Felicidade é chupar jabuticaba no pé".

Não existirá mais felicidade, entretanto, pois o interino Michel Temer autorizou a irrigação de agrotóxico via aérea sobre as cidades; morreremos de câncer pelo que consumirmos (jabuticaba, manga, goiaba, água), pelo ar que respirarmos e nas gotículas que atingirão peles e olhos.
Ninguém mais chupará jabuticaba no pé, pois não terá tempo; o interino Temer, juntamente com industriais e empresários (talvez imbecis workaholics), discute o aumento da jornada de trabalho para 12 horas diárias, 80 semanais (quem ainda gasta de 3 a 4 horas com condução, perderá 2 terços do dia fora de casa). Adeus contemplação, ócio criativo e sombras das jabuticabeiras.
"Felicidade foi-se embora..."

<Walter Gonzalis>

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Semente de tudo.








A educação é a base de tudo e de qualquer coisa. Tanto as pessoas que querem e lutam por um planeta Terra melhor, quanto aquelas (que infelizmente ao longo da história da humanidade são as que tem o poder de decisão) que querem e lutam por um planeta Terra caótico, desequilibrado e desigual, sabem disso. Essa luta do bem e do mal, vê na educação sua principal aliada; tanto para o bem , que é uma educação que ensina a pensar, que liberta as mentes e os indivíduos, quanto para o mal (que é a educação que temos atualmente na grande maioria das escolas). Uma educação que quer as crianças, jovens e professores, não pensem. Que sejam limitados, desinteressados e insatisfeitos. Na sociedade altamente competitiva em que vivemos hoje, é necessária a aplicação de novos conhecimentos. As profundas e rápidas mudanças que ocorrem no atual momento da civilização têm levado muitas pessoas a experimentarem, com frequência, insegurança e mal estar, sentindo-se desajustados. A escola deve então repensar a formação de seu aluno ajudando-o a tomar o rumo ideal para a realização de seu projeto de vida. A escola deve resgatar o poder político da população para a elaboração de valores sociais calcados na emancipação humana vinculada a vontade democrática.
Os novos desafios, os paradoxos do progresso, as novas formas de trabalho, de organização social, as drogas, a violência, a exclusão, as diferenças sociais, a preservação do meio ambiente, são problemas que exigem novas soluções e muito mais empenho da educação.
Pensar numa alternativa social que busca a superação da barbárie implica entre outras coisas, pensar na formação humana, voltada para a formação cidadã. Cidadania é um direito e dever de todos os seres humanos em sua manifestação diária de seres políticos. Esses cidadãos devem ser formados através de uma consciência critica e reflexiva, capazes de imaginar um mundo menos cruel. Capazes de se indignar diante das injustiças sociais, discriminação de mulheres, negro, índios e de toda e qualquer forma de violência, que nega o direito do povo de serem cidadãos. O sonho de um mundo melhor, requer capacidade para criá-lo.
Em período decisivo para o futuro a curto prazo, iremos eleger que tipo de candidato? O que pensa na educação para o bem ou para o mal? A escolha é de cada um de nós.


domingo, 3 de julho de 2016

Me digas com quem andas....



Simples assim: Me digas com quem andas e com certeza te direi quem és. Não adianta vir com papinho de aranha dizendo que não é bem assim. Pessoas se associam por duas questões: Ou é afinidade ou é interesse. Na política é sempre por interesse e muito pouco por afinidade. Ideologia política? Ah..quem dera existisse realmente. São pouquíssimas as pessoas que a possuem. A grande maioria vive de alinhavos, conchavos, alianças. 
Um politiqueiro, com a finalidade de se eleger, acende vela para Deus, para o Diabo, se converte, vira budista,  Hare Krishna;enfim faz o possível e o impossível para estar bem com todos sem se importar efetivamente com ninguém.
Se o seu candidato é assim. Me desculpe querido/querida, mas são fortes os indícios de que ele ou é ou será corrupto, corruptor, corruptível. Se ele se filia a um partido sem nem ao menos questionar quanto a base ideológica de tal partido, é hora de correr mais do que oriental em filme do Godzilla. Fuja dele..mas fuja mesmo porque não existe prova mais cabal de falta de caráter do que essa. 
E mais, olhe para os "padrinhos" políticos de seu candidato. Analisem muito bem tal questão. Porque sem dúvida, vão encontrar muitos coelhos em muitas moitas por aí. 
Tenham também muito cuidado com os politiqueiros marketeiros que usam do poder público para promoverem atuais candidaturas, esquecendo-se, inclusive que à época de fatos ocorridos nada fizeram. É a turminha que espera a boiada passar para, só então, alardearem que estão fazendo o possível para arrumar a cerca.

Sandra Regina

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Democracia ainda que tardia.

Hoje divido com vocês, um texto de Walter Gonzalis. 

DEMOCRACIA AINDA QUE TARDIA
Vivemos num país -- ou passamos uma fase -- em que o brasileiro que discute questões sociais logo é convidado a mudar-se para Cuba.
Estamos em tempos em que uma mulher que discute questões e direitos da mulheres logo recebe a recomendação de ser feminista lá no Oriente Médio.
Em Olímpia, quando algum cidadão reclama de alguma mazela, logo aparece um conformado -- ou apaniguado? -- bradando para que a pessoa saia de nossa cidade.
A confusão é tamanha que algumas pessoas (conformadas? apaniguadas? prepotente?!?!) se acham tão consagradas que nenhuma outra pode, de repente, surgir no cenário político ou social para dispor-se a combater mazelas e politicagens.
"Quem é você?" é a pergunta visceral (no sentido de "Quem você pensa que é para questionar-me e atrapalhar os meus intentos e dos meus apadrinhados?").
Situações e atitudes típicas de pessoas com síndrome de coronéis e vassalos.
Não! O mundo, o país, e a cidade não é desses (há direitos, espaço e oportunidades para todos); e todos merecem alguém melhor. Sempre surge, de uma hora para outra. Mas quem quiser dias melhores tem de estar mais atento.
<WG>

terça-feira, 28 de junho de 2016

Até quando?


Porque o Brasil é um país corrupto? 
Porque já as eleições dos “nossos” representantes são realizadas de modo a institucionalizar o crime, pois os grupos econômicos, ao patrocinarem a eleição de Presidente, Governadores, Prefeitos etc., assim o fazem, como é natural, sob a condição de obterem financiamentos graciosos, participarem de licitações premiadas, privatizarem o espaço público, multiplicando lucros;
Porque num tal contexto, a política passa a constituir extraordinário atrativo para criminosos profissionais, em geral burocratas medíocres, desqualificados moral e tecnicamente, sem perspectiva fora da política;
Porque certos partidos políticos passam a funcionar, assim, como autênticas quadrilhas, cujos membros seguem a lógica do quem dá mais, por isso que trocam de legenda constantemente, impunemente;
Porque o sistema representativo é um engodo que conta com a participação do próprio eleitor, que não raro exige, em troca do voto, algum proveito, de modo que o voto constitui, por isso, apenas um expediente para legitimar e perpetuar o crime, afinal os eleitos não representam o eleitorado, mas os seus próprios interesses e os interesses dos grupos econômicos que os patrocinam;
Porque, apesar das fraudes, insistimos em perpetuar determinados criminosos no poder, e a tudo assistimos passivamente.
Porque a corrupção política traduz a nossa própria hipocrisia, a nossa indiferença, a nossa tendência ao jeitinho; afinal, corrupção é de algum modo interação/acordo entre corruptor e corrompido, entre eleitor e eleito;
Porque, em vez de enfrentar os problemas em suas causas, em suas raízes, tentamos combatê-las em suas conseqüências, tardia, burocrática e simbolicamente; e isso equivale a não combatê-las.
Porque reclamamos muito e o tempo todo, mas nada fazemos para mudar, continuamos, ano após ano, eleição após eleição a colocar sempre os mesmos no poder e depois nos isentamos de qualquer responsabilidade. 
Porque pedimos sempre por mudanças, mas não fazemos absolutamente nada para que estas aconteçam. Nosso medo do novo nos impede de qualquer ação. Nosso silêncio nos custa caro. Nossa complacência nos faz de escravos. Nossa preguiça nos enraiza a situações as quais abominamos. 
Chances de mudança sempre aparecem, mas burramente nos apegamos ao velho, ao passado, aos modelos que já se mostram mais do que carcomidos e clamamos por reformas, por transparência, por honestidade. 

Deixo aqui um pequeno trecho de uma música do Gabriel - O pensador. 


      "Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
 A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!


Sandra Besnyi

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Entre política e politicagens



O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
                                                                Bertold Brecht.


Pois é, muita gente diz odiar política, e isso é verdade. Basta ver a reação da grande maioria das pessoas quando o assunto é esse. Mas na verdade, o que odeiam são os politiqueiros. Vejamos qual é a grande diferença entre política e politicagem. Política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis. (ou melhor dizendo para resumir- A arte de buscar sempre o melhor para o cidadão visando o bem comum a todos e não somente a um pequeno grupo)  A política é o normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. O que vemos por aí não passa, então de politicalha, que rima, entre outras coisas...com canalha!!!
Desvio de verbas, trocar apoio político por dinheiro, liberar emendas parlamentares em vésperas de CPI, acobertar corrupção advinda de governos anteriores, tudo isso é politicagem.  Ela acontece sempre por debaixo dos panos, em encontros "casuais" ocorridos em restaurantes, em assinatura de contratos milionários onde apenas um grupo lucra. É aí que nascem os mensalões, mensalinhos, caixa dois e por aí vai.
É difícil por exemplo acreditar que pessoas que não tenham interesses particulares, gastariam mundos e fundos a fim de eleger-se, mais difícil ainda é acreditar que é pelo bem do povo que eles compram votos, oferecem festas, pagam contas de luz, botijões de gás e até dentaduras em alguns casos. É politicagem deslavada oferecer cargo em troca de votos.
Uma das características principais de um politiqueiro é o fato de que sempre enriquecem às custas do povo, acumulam em quatro ou oito anos, patrimônios que jamais conseguiriam se não houvessem sido eleitos e ainda tem a cara de pau de dizerem-se honestos e cumpridores de todos os seus deveres.
Politiqueiros são serezinhos bem estranhos, para agradar gregos e troianos, são capazes de se converterem a todo tipo de religiões, comparecem até em velórios em época de eleições. Tiram fotos com os moradores da periferia e depois são capazes de desinfetar as mãos por terem chegado perto dos pobres.
Precisamos, todos nós, aprender a diferenciar um político de um politiqueiro. Aprender o que é política e saber distingui-la de politicalha. Agir de acordo com nossa consciência e não vender fácil o que não tem preço: Nossa dignidade, nossa consciência, nossa humanidade.


Sandra Besnyi

Machismo e Esquerda. Coisa que não deveria...mas ainda existe.


Juro que gostaria de começar este texto afirmando que não existe machismo dentro do pensamento de esquerda, mas sim..ele existe. Existe e continuará existindo enquanto as mulheres se eximirem da vida política, dos movimentos sociais e das lutas diárias ocorridas na rua. Óbvio que não é nada fácil peitar os homens nos espaços políticos — ainda mais se há acordo em boa parte da política com eles — pois, se não bastasse a violência física sofrida pelas mulheres, estas, quando decidem pela denúncia, sofrem a violência psicológica de uma sociedade machista e dos movimentos sociais que sequer sabem lidar com coerência frente à situação.Vejo uma luz no fim do túnel quando mulheres resolvem dar um basta de vez a atitudes machistas dentro da esquerda brasileira e colocar que para nós o feminismo tem lugar na política. Até porque, fazer a dissociação entre a luta política e a luta feminista é, no mínimo, cruel com as mulheres, pois não são coisas dissociadas. É preciso dizer com todas as letras que não haverá transformação real se isso não passar pela transformação social das relações entre mulheres e homens. Basta dar uma olhada nas pesquisas feitas pelo IBGE, ONU e tantas outras para ver quem está na base da pirâmide social, definitivamente não são os homens. A pobreza tem cor e  gênero, passar batido por isso é não compreender a complexidade da sociedade em que vivemos, é recair em erros históricos.O feminismo avança quando temos força e respaldo para cobrar dos movimentos sociais coerência, não complacência com a violência machista. Quando forçamos nossas companheiras e, porque não, nossos companheiros a se posicionarem e não mais serem testemunhas silenciosas, quando temos força para dizer que: Nenhuma agressão passará impune!
Mas atenção, para que uma luta tenha êxito, é necessário que mais e mais mulheres avancem em direção ao seu próprio empoderamento, que ganhem consciência de seu próprio valor e lutem realmente por seus direitos. E sim...é na política que conseguiremos uma maior abertura para nossas lutas diárias.  É necessário mudar, lutar e, principalmente nos policiar no dia a dia, para que a opressão não nasça da nossa própria forma de enxergar a militância. 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Pseudo Esquerda e Oposição de Boutique


Antes de falar do assunto propriamente dito, acho que seria interessante, abordar o tema por um ponto de vista mais histórico. A separação entre esquerda, centro e direita nasceu exatamente da topografia revolucionária da Assembleia Nacional francesa, em 1789. Os representantes das classes convocadas à Assembleia não apenas estavam posicionados em lados diferentes, mas em alturas distintas. Os jacobinos ficavam à esquerda e também na parte mais alta do plenário, sendo por isso chamados de “montanheses”; a turma do centro, moderada e constitucionalista, era “a planície”; à direita, os aristocratas. O mundo mudou extraordinariamente, desde então - esquerda e direita, idem.
O que diferencia a esquerda da direita sempre foi e continua sendo sua posição frente ao “status quo”, “ao que aí está”. A esquerda questiona e fustiga o “status quo” - alguns de modo mais radical, até revolucionário; outros, de forma mais moderada, reformista. Desde que incomodem o “status quo”, são esquerda.
Todos os que partem do princípio de que “um outro mundo é possível”, como se diz no Fórum Social Mundial, são esquerda. Para fazer jus ao nome, as esquerdas precisam dar consequência ao seu pensamento irrequieto e ao inconformismo em relação ao que está aí semeando e fazendo brotar um outro Estado, uma outra forma de vida material e imaterial (cultural) e novas relações sociais. 
A direita, ao contrário, é defensora do “status quo”, mesmo que, para isso, precise, paradoxalmente, destruir o mundo que a rodeia.
A partir disso, vemos que existe um grande equívoco quando são confundidos os termos "esquerda" e "oposição". Não é porque um partido ou determinado político declara sua oposição ao governo que passa, imediatamente a ter uma ideologia de "esquerda". Isso no Brasil, acontece com certa frequência, dando ensejo ao nascimento de uma "pseudo-esquerda" e também a uma "oposição de boutique".
Opor-se a um governo de direita por meio de votos invisíveis é extremamente fácil e também muito cômodo. Me parece então que tais políticos se esquecem que o pensamento dito de "esquerda" é pensado nas ruas, no chão, juntamente com o povo. É levado aos que estão passando fome, aos que estão em dificuldades, não é algo simplesmente "cosmético".
Com o atual cenário político brasileiro..oportunistas surgem dizendo sempre terem defendido o povo. Mesmo que bem distantes dele. Mesmo tendo passado anos e anos sentados em gabinetes desconhecendo os problemas sociais que sempre ocorreram bem debaixo de seus narizes. Agora todos eles vão dizer que sempre estiveram em luta, que sempre se manifestaram contra os desmandos da política regional.  Na verdade sempre estiveram em luta para manutenção de seu status, de seus benefícios, posando de defensores da população. 
Em ano eleitoral então...nossa..como surgem defensores do povo, todos com belas palavras, com lindas promessas..mas a grande maioria com uma única intenção: Manutenção de Poder.  E não adianta dizer que o que importa é a pessoa e não um Partido Político. Candidatos comungam sim..com ideologias partidárias. Se assim não for...devemos desconfiar dobrado pois que aí sim, existem interesses bem mais escusos do que poderíamos supor. 
Temos que tomar agora, muito..mas muito cuidado com o pessoal de uma pseudo-esquerda..com os oposiocionistas de boutique. E mais..temos que nos questionar sobre o que queremos de fato em nossas vidas, em nossas cidades, em nosso País. 
São tempos difíceis em que todo desinteresse, toda omissão de nossa parte, poderão ter um preço muito..muito alto a ser pago. 


Sandra Besnyi

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Apresentações necessárias




Bem, tudo tem um começo, um início, um marco inicial. Com um blog não é diferente. Temos que ter um pontinho inicial, algo que marque nosso nascimento. Por isso, aqui estou. Quem sou eu afinal de contas?

Meu nome é Sandra, tenho 46 anos, nascida e crescida na Capital. Formada em Ciências Jurídicas (vulgo Direito) pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, funcionária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo desde que me conheço por gente (faz tempo), mãe, dona-de-casa, idealista em tempo integral, pseudo-contista nas horas vagas e gamer por paixão.

Atualmente estou envolvida até os ossos com a política local. Resido em uma cidade do Interior do Estado chamada Estância Turística de Olímpia. Sou pré-candidata a vice-prefeitura pelo PSOL. Quem verdadeiramente me conhece, sabe que sempre tive uma forte veia anarquista, mas quando se tem sonhos e se deseja que os mesmos se tornem realidade, temos que lutar por eles e a anarquia de sofá não me representa.

 Política é algo que eu amo. Entendam bem..falo de política e não de politicagem, falo do verdadeiro envolvimento que deve (ou deveria) levar pessoas a fazerem tudo pelo bem estar comum, a pensarem no Todo e não apenas em seus umbigos ou em pequenos grupos. Falo em coletividade, falo em igualdade e também em fraternidade. Não sou mais uma adolescente inocente que acha que poderei mudar o mundo sozinha ou apenas cuidando do meu próprio quintal. É necessário um verdadeiro envolvimento para que apenas uma pequena sementinha seja plantada. Uma semente que talvez eu nem veja tornar-se uma árvore, mas saber que vingou já me fará imensamente feliz.

Hoje, sonho com uma cidade onde as pessoas possam realmente ter dignidade, onde haja justiça social, onde haja verdadeira oportunidade de desenvolvimento pessoal. Onde as verdadeiras habilidades possam ser descobertas, incentivadas e aplaudidas. 

Posso ser uma sonhadora, mas hoje sei que já não estou sozinha. Tem muita gente apostando no mesmo sonho. Lutando por um mesmo ideal. Não sei se chegaremos onde pretendemos chegar, mas estamos caminhando...estamos semeando..e quem sabe, estas sementinhas não possam um dia tornar-se grandes árvores. 


Sandra Besnyi